Cesta básica de Porto Alegre aumenta 2,93% e é a segunda mais cara do país, diz Dieese

Valor da cesta da Capital chegou a R$ 463,09

Foto: Alina Souza/CP

Com aumento de 2,93% em novembro, a cesta básica de Porto Alegre ficou mais cara e passou a custar R$ 463,09. O valor representa 52,76% do salário mínimo líquido nacional, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com esses valores, o trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou, em novembro, cumprir uma jornada de 106 horas e 47min para adquirir os bens alimentícios básicos. Esse é o terceiro mês consecutivo de alta. Conforme os dados do Dieese, a cesta da Capital é a segunda mais cara do país, atrás apenas de São Paulo.

Dos treze produtos que compõem o conjunto de gêneros alimentícios essenciais previstos, quatro ficaram mais caros na capital Gaúcha: o tomate (28,50%), a batata (6,67%), o óleo de soja (1,79%) e o feijão (0,41%). Em sentido contrário, nove itens ficaram mais baratos: o café (-3,25%), o leite (-2,26%), o açúcar (-2,18%), a farinha de trigo (-1,57%), a carne (-1,46%), o arroz (-0,73%), a banana (-0,67%), a manteiga (-0,58%) e o pão (-0,11%).

Outras cidades

Pelo segundo mês consecutivo, houve aumento no preço do conjunto de alimentos essenciais em 16 das 18 cidades onde o Dieese realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas foram registradas em Belo Horizonte (7,81%), São Luís (6,44%), Campo Grande (6,05%) e São Paulo (5,68%). As retrações aconteceram em Vitória (-2,65%) e Salvador (-0,26%).

A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 471,37), seguida pela de Porto Alegre, Rio de Janeiro (R$ 460,24) e Florianópolis (R$ 454,87)1 . Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 330,17) e Natal (R$ 332,21). Em 12 meses, os preços da cesta aumentaram em todas as cidades.