Comunicação será desafio para agricultura, analisa ministra

Tereza Cristina. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

A comunicação com a sociedade, com os mercados, com a comunidade ambientalista e com eventuais importadores de produtos da agricultura e da pecuária do Brasil será o principal desafio da futura gestão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A avaliação é da responsável pela pasta a partir do próximo 1º de janeiro, Tereza Cristina.

A futura ministra, que é deputada federal (DEM-MS) e hoje preside a Frente Parlamentar de Agricultura (FPA), enfatizou a importância da comunicação durante a solenidade do Prêmio CNA Agro Brasil, concedido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O evento ocorreu na noite desta terça-feira, em Brasília. Tereza Cristina foi uma das premiadas.

De acordo com a futura ministra, “a comunicação vai ser uma coisa muito importante para a gente abrir os olhos do mundo, e mostrar que o Brasil conserva, que o país produz com qualidade, e que sua produção é sustentável. Enfim que nós temos aqui na agricultura um número enorme de empregos de boa qualidade e que cada dia o país vai caminhar mais em frente”.

Para Tereza Cristina, a desinformação afeta a visão sobre as atividades no campo. É o caso, por exemplo, do uso comum da palavra agrotóxico em lugar de defensivos agrícolas. “Neste caso dos agrotóxicos, defensivos agrícolas ou pesticidas são sinônimos. Tudo é remédio de planta, mas existe um preconceito e desconhecimento das pessoas, por isso que a comunicação é importantíssima”.

“A gente tem que preparar a sociedade brasileira para entender cada vez mais o que o produtor faz, que é por comida barata. Agrotóxico é remédio. Usado na dose certa cura, usado na dose errada mata”, apontou. “A comunicação vai ser fundamental para explicar o momento de transição. Nós estamos passando por um momento que o Brasil vai dar uma guinada, inclusive no meio ambiente, com responsabilidade, mas sem vieses”, prometeu.

Tereza Cristina elogiou a condução do Mapa pelo atual ministro Blairo Maggi e disse que pretende “continuar a fazer o trabalho que outros ministros fizeram: abertura de mercado para o nosso setor”. “Ninguém vai inventar a roda. O que nós precisamos é fazer com que a agricultura continue a crescer e que seja respeitada no mundo como uma agricultura de ponta”, acrescentou.