Bolsonaro reitera que vai afastar alvos de denúncias com prova

Presidente eleito disse que se necessário pode usar uma “caneta BIC”

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje que qualquer pessoa indicada para compor a equipe de governo vai ser afastada caso se torne alvo de denúncias robustas ou com prova. A declaração do presidente eleito ocorre no momento em que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de uma petição autônoma específica para analisar as acusações de caixa dois feitas por delatores da J&F envolvendo o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, confirmado para assumir a Casa Civil a partir de janeiro.

“Em havendo qualquer comprovação ou denúncia robusta contra quem quer que seja e que esteja à altura da minha caneta, óbvio que ela será usada”, respondeu Bolsonaro sobre a possibilidade de afastar Onyx. O presidente eleito disse que se necessário pode usar uma “caneta BIC”, em uma indicação de que pode exonerar e nomear a qualquer momento.

Ontem, Onyx divulgou nota afirmando receber “com muita tranquilidade” a decisão de Fachin. De acordo com o ministro, vai ser a oportunidade para esclarecer os fatos e a verdade de “forma definitiva”.

Condecoração
O presidente eleito recebeu hoje a Medalha do Pacificador com Palma, entregue pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, no Quartel General da força, em Brasília.

A distinção é concedida a militares brasileiros que, em tempos de paz, se distinguiram por atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com riscos à própria vida.

Segundo o Exército, em 1978, quando Bolsonaro era aspirante a oficial, ele evitou o afogamento de um soldado da 2° Bateria de Obuses do 21° Grupo de Artilharia de Campanha durante atividade de instrução militar. O soldado era Celso Moraes Luiz.