Balanço 2018: Fecomércio espera crescimento de 2,5% nas vendas do setor

Dados foram apresentados em almoço com a imprensa e lideranças do setor

Foto: divulgação/Fecomércio

A Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio) anunciou hoje a expectativa de crescimento de 2,5% nos segmentos de comércio e serviços no comparativo com 2017. Os dados foram apresentados em almoço com a imprensa e lideranças do setor. A onda positiva trazida pelo resultado das eleições de outubro é o carro-chefe para uma perspectiva igualmente otimista também para o ano de 2019.

O presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, e o economista Marcelo Portugal explanaram ao público os principais pontos desse crescimento e as ações vistas como necessárias para dar sequência a essa retomada. De todas, a reforma da previdência é vista como primordial, seguida pela reforma tributária e manutenção da reforma trabalhista.

Para o Rio Grande do Sul, Bohn defende que “é preciso um compromisso com uma agenda de crescimento econômico que, entre outras coisas, priorize a melhoria da nossa infraestrutura logística e de um ataque ao problema fiscal na sua origem: a despesa do setor público.”

A entidade se mostrou contrária ao aumento de tributos e impostos que reflitam no bolso do consumidor, e reforçou que entende como prioritária a ação de enxugar gastos do governo. Entre as ações propostas, o congelamento dos salários dos três Poderes por quatro anos e a isonomia para essas mesmas esferas quando da necessidade de parcelamento salarial. Em relação à economia geral para 2019, a Fecomércio estima a taxa Selic a 7% ao ano e o câmbio em R$ 3,88/US$ para o fim de 2019.

Marcelo Portugal ainda apontou que é preciso rever a questão das alíquotas do ICMS e analisar os números do crescimento à luz do cenário que se formou em 2018. Elementos como a contenção da inflação, a recuperação do mercado de trabalho e uma melhora contínua do setor de comércio e serviços jogaram ao lado do setor, que recuperou fôlego após anos de marcas negativas. O setor de serviços, especificamente, “zerou” a conta e finalmente saiu do vermelho, ainda que não tenha recuperado índices positivos.