“Morte de refém tirou o brilho da ação” diz delegado sobre ataques a banco no interior do Estado

Na ocasião, seis criminosos também perderam a vida em confronto com a polícia

Foto: Prefeitura de Ibiraiaras / Divulgação

O delegado João Paulo de Abreu, da Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), disse hoje, em entrevista à Rádio Guaíba, que a morte do refém Rodrigo Mocelin da Silva, de 37 anos, durante os assaltos às agências bancárias de Ibiraiaras, no Nordeste do Estado, “tirou o brilho da ação”.  Na ocasião, seis criminosos também perderam a vida em confronto com a polícia.

“A investigação preliminar feita, ontem, ouviu diversas pessoas que estavam nas imediações do banco e já temos uma ideia do que aconteceu. Os criminosos dispararam diversas vezes a esmo e também na direção de viaturas policiais. Logicamente vamos buscar a reconstrução do crime para entender melhor a dinâmica dos ferimentos do refém. Hoje vamos começar a rememorar isso”, comentou.

O delegado ainda ressalta que entende que uma resposta precisa ser dada. “Eu não estava presente na ação, mas tenho como experiência que é um momento muito delicado, as forças policiais precisam fazer uma intervenção dentro das condições possíveis, o contexto é muito difícil. Tudo que estava ao alcance da Polícia Civil e Brigada Militar foi feito”.

Em relação aos criminosos, o delegado expôs que foram oito envolvidos diretamente na ação, sendo que dois ainda estão foragidos. Um nono elemento, identificado como Felipe Arnoldo de Oliveira, que daria suporte para a fuga, já está preso. “Parte dos criminosos mortos já eram conhecidos da Polícia Civil e também da Brigada Militar por outros crimes”.

Durante esta terça-feira, a polícia segue realizando buscas pelos outros dois bandidos.  Cerca de R$ 115 mil, armas, miguelitos e os dois veículos utilizados no crime já foram apreendidos.

O ataque: 

Na tarde de ontem, oito criminosos atacaram simultaneamente o Banrisul e o Banco do Brasil, em Ibiraiaras. O grupo pretendia roubar ainda uma lotérica, mas não teve êxito.  Os criminosos fizeram um cordão humano com clientes e funcionários das agências. Em seguida fugiram em três carros levando reféns. Logo em seguida chegaram viaturas da Brigada Militar e partiram em perseguição. Foi quando houve tiroteio.