Médicos de hospital, UPA e Samu decidem parar a partir de sexta em Sapucaia

Motivo é a falta de pagamento. Na emergência, só devem ser atendidos casos graves

Médicos concursados e prestadores de serviço do Hospital Presidente Vargas, da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sapucaia do Sul e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), vinculados à Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), vão entrar em greve a partir das 7h da próxima sexta-feira, por tempo indeterminado. Durante a greve, atendimentos ambulatoriais e eletivos serão suspensos e, na emergência, só serão atendidos casos graves – pacientes classificados com as fichas laranja e vermelha.

Conforme o Simers, os 130 médicos vinculados à FHGV estão com os salários atrasados, há dois meses, e sem perspectiva de receber o 13º por conta do atraso de repasses do governo estadual à Prefeitura, que, consequentemente, não deposita para o hospital. A assessoria de comunicação do Sindicato relata que a gestão da Fundação optou por pagar na integralidade os salários e honorários dos demais trabalhadores por entender que os médicos, geralmente, possuem mais de uma fonte de renda.

O Simers adiantou que vai notificar o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as secretarias Municipal e Estadual da Saúde, a Prefeitura de Sapucaia do Sul e o Conselho Regional de Medicina (Cremers).

Ação trabalhista

Em 22 de novembro, o Simers moveu uma ação trabalhista exigindo o pagamento dos valores devidos aos médicos, mas a juíza Bernarda Núbia Toldo negou a reivindicação da categoria.