Brasil ocupa 4° lugar em ranking de tributos na conta de luz

País fica atrás apenas da Dinamarca, Alemanha e Portugal

Foto: Arquivo/ABr

A redução de encargos e tributos nas contas de luz do país pode resultar em uma tarifa mais barata para o consumidor. É o que defende a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). A associação lançou hoje um estudo comparativo com 33 países que mostra que o Brasil detém a quarta maior carga tributária na conta de luz, ficando atrás apenas da Dinamarca, Alemanha e Portugal.

De acordo com o estudo, que levou em consideração valores tarifários de 2017, 64% do valor que a população dinamarquesa paga pela luz corrresponde a tributos, enquanto na Alemanha, esse índice é de 55%. Em Portugal, é de 52% e, no Brasil totaliza, 41%. Os dados ainda apontaram que as menores cargas tributárias são cobradas no Reino Unido (5%) e no Japão e Austrália, ambos com 9% de encargos na conta.

No ranking da Abradee, o Brasil ocupa uma posição intermediária no preço final da energia elétrica, ficando na 16ª posição. A Alemanha aparece em primeiro lugar, com preço médio da tarifa residencial mais alto de todos, equivalente US$ 359 por Megawatt-hora (MWh). Em seguida vem a Bélgica, onde o preço médio da energia é de US$ 335/MWh, e a Dinamarca com US$ 334 MWh. As menores tarifas são cobradas no México, com média de US$ 64/MWh; Coréia do Sul, com US$ 107/MWh e Canadá com US$ 109/MWh.

Com redução na carga tributária, a tarifa média de luz no Brasil pode passar de US$ 200/MWh para US$ 118/MWh, com o país ocupando a nona posição no ranking das tarifas menores.

Em reais, o custo médio da energia no pais fica em R$ 470/MWh, dos quais R$ 55 relativos a encargos e tributos pagos ao governo.