Cabral é mais uma vez condenado; penas atingem quase 200 anos

Ex mulher dele, Suzana Cabral, e o irmão, Maurício Cabral, também eram réus na ação

Em uma decisão de 72 páginas, o juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, condenou hoje o ex-governador do estado Sérgio Cabral a 14 anos e 5 meses de reclusão em regime fechado, por lavagem de dinheiro por favorecer a ex-mulher Susana Neves Cabral e o irmão dele, Maurício de Oliveira Cabral Santos, e por recebimento de propina. Com a condenação desta segunda-feira, as penas de Cabral atingem 197 anos e 11 meses de reclusão.

Suzana Cabral e Maurício Cabral também foram condenados na ação. Susana, a oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado, e Maurício, a quatro anos e seis meses de prisão em regime semiaberto.

Segundo a acusação, os dois receberam R$ 1,1 milhão em propina da FW Empreendimentos Imobiliários e Construções, pertencente ao empresário Flávio Matos Werneck. O empresário recebeu pena de oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado, e o contador da construtora, Alberto Silveira Conde, a quatro anos e seis meses em regime semiaberto.

O pagamento de propina a Suzana e Maurício ocorria por meio do operador de Cabral, Carlos Miranda. Em troca, a construtora era beneficiada no Programa de Urbanização e Regularização Fundiária (PAC Favelas), na construção do Arco Metropolitano e com participação na reforma do Estádio do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014, obras desenvolvidas pelo governo Cabral.