Jungmann: investigação do caso Marielle rompeu aliança satânica no Rio

Ministro lembrou que a entrada de forças federais no caso deu novo rumo às investigações

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

As investigações em torno da morte da vereadora Marielle Franco, agora federalizadas, romperam uma “aliança satânica” que existe no estado do Rio, que se tornou o “coração das trevas”, afirmou o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Ele falou com jornalistas nesta sexta-feira, durante anúncio de repasse de R$ 20 milhões para um programa da Marinha de monitoramento da costa do Rio e do Espírito Santo.

Ao ser questionado se tinha expectativa de resolução do caso – que envolve a morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março deste ano -, Jungmann respondeu que espera ver os fatos esclarecidos o mais depressa possível. Segundo o ministro, o crime envolve pessoas muito poderosas no estado.

“Eu tenho expectativa, torço e rezo para que isso se esclareça o mais rápido possível. Nós estamos preocupados em romper a aliança satânica que reúne esses poderes que colocam de joelhos o Rio de Janeiro. Sempre contando com as forças do bem no estado, que lutam contra o reino das trevas, que hoje vige no Rio de Janeiro. Para que a gente acenda as luzes da paz, da tranquilidade e da vida neste coração das trevas, que eu espero tenha os dias contados”, disse o ministro, após a solenidade no Comando de Operações Navais, no centro do Rio.

Jungmann lembrou que a entrada de forças federais no caso deu novo rumo às investigações, que até agora eram unicamente de competência da Polícia Civil do Rio.

“Nós rompemos a blindagem aqui do Rio de Janeiro, com a investigação que está sendo feita do caso Marielle, com a participação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal. Está rompida a blindagem daqueles que queriam que tudo permanecesse dominado. Pela primeira vez temos a ruptura da blindagem da couraça que impedia que fossem apurados os podres poderes do Rio de Janeiro, a coalização satânica”, completou o ministro.