Osmar Terra classifica como “complexo” novo super ministério e garante manter programas em vigor

Futuro ministério vai abraçar ações de Desenvolvimento Social, Esporte, Cultura e políticas de combate às drogas

Osmar Terra. Foto: EBC

Um dia após ter sido confirmado como futuro ministro da Cidadania, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) reconheceu, hoje, que abrigar diferentes áreas de atuação em apenas uma pasta torna ainda mais complexo o desafio que vai ter de enfrentar no primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (PSL). O novo ministério vai abraçar ações de Desenvolvimento Social, Esporte, Cultura e políticas de combate às drogas.

Terra revela que pretende trabalhar para que as ações conjuntas contemplem segmentos diferentes. “Realmente é um ministério grande e complexo porque são atividades bastante complexas e será um desafio grande montar equipes que conheçam cada uma dessas áreas e possam trabalhar de forma integrada. Mas eu quero avançar no combate às drogas, usando muita cultura e esportes”, afirmou, em entrevista para o Esfera Pública.

O futuro ministro também elenca como prioridade reforçar ainda mais as políticas sociais já consolidadas de gestões anteriores. “Não podemos deixar retroceder em avanços e conquistas na área social e tudo indica, pela conversa que tive com Bolsonaro, que ele deseja muito isso, inclusive, na própria questão do Bolsa Família, ele quer valorizar o programa e está propondo 13° salário”, ressalta. Terra salienta que o Bolsa Família atende hoje 13,5 milhões de pessoas no Brasil e reitera que vai haver espaço no orçamento para garantir o pagamento de um benefício extra no fim do ano.

Enfático, Osmar Terra afirmou que vai endurecer as políticas de combate às drogas propondo alterações no Congresso embasadas em dados científicos, em vez de teorias de viés ideológico. “Nós temos que ter uma visão científica. O que é que funciona? O que dá resultado? O que diminui o número de jovens doentes, crime e violência? É isso que temos que debater. Não é ficar fazendo a elegia do Foucault , que acha a droga uma coisa maravilhosa. Temos que enfrentar esse problema com uma legislação mais firme de combate às drogas”, pontua.

O novo ministro reconhece que as políticas de combate fracassaram no Brasil, mas não defende a possibilidade de se legalizar o consumo, por exemplo. “Que o Brasil não está dando certo na área de política sobre drogas, não está, mas a política de hoje é essa ‘sopa’ onde tornaram a lei mais leniente e ineficaz. Tornaram as políticas de atendimento aos dependentes químicos muito restrita a redução de danos, que acaba não tratando o problema. A política de prevenção de consumo conta com cartilhas muito limitadas, onde só falta dizer que não há problema em se usar drogas”, finaliza.

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