MDB rechaça convite de Leite para integrar governo

Ainda assim, legenda garante que não vai fazer "oposição raivosa"

Presidente da sigla no Estado, Alceu Moreira. Foto: Karine Viana

O presidente do MDB no Rio Grande do Sul, deputado federal Alceu Moreira, assegurou que o partido não vai integrar a gestão do governador eleito Eduardo Leite (PSDB). Na semana passada, Leite esteve na sede da legenda, em Porto Alegre, e formalizou o convite. O MDB conta com oito cadeiras na Assembleia a partir do ano que vem, número que não mudou em relação à atual legislatura.

Nos bastidores, parte dos deputados do MDB manifesta intenção de compor o futuro governo. Mas como a vitória do tucano sobre José Ivo Sartori ainda é recente, o distanciamento entre os dois partidos se mantém. Com isso, Alceu Moreira deixa claro que penas serão aplicadas caso algum correligionário venha a contrariar a decisão do partido.

“O MDB já discutiu o assunto e não fará parte do governo. Mas a gente não vai fazer uma oposição raivosa. Se algum projeto tiver algum ideal como o nosso (sic) e for bom para o Rio Grande do Sul, podemos votar a favor. Mas não queremos assumir secretarias e, se algum deputado quiser ir para o governo, vamos sugerir o licenciamento dele do partido”, declarou.

Nas oportunidades em que MDB e PSDB governaram o Rio Grande do Sul, ambos os partidos estiveram juntos no Palácio Piratini.

Em Porto Alegre, MDB também próximo do PSDB

Passadas as rusgas entre Nelson Marchezan Junior (PSDB) e Sebastião Melo (MDB), que perdeu para o tucano a Prefeitura de Porto Alegre em 2016, o MDB de Porto Alegre também se mostra inclinado a ampliar a coalização de Marchezan. Um convite deve ser formalizado, quando o prefeito retornar da agenda que cumpre nos Estados Unidos.

Marchezan reconhece que o apoio na Câmara Municipal deve ser ampliado para garantir a aprovação de projetos e busca se reaproximar do MDB em Porto Alegre. No Legislativo municipal, o MDB detém a maior bancada, com cinco assentos, e assim como no Rio Grande do Sul, integrantes do partido na Capital defendem apoiar a atual gestão.