Bolsonaro fala que Trump pode vir ao Brasil para a posse

Presidente eleito também disse, no Rio, que Caixa e BB estão fora do foco das privatizações

O presidente eleito Jair Bolsonaro participa da formatura e diplomação de militares na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, na Vila Militar em Deodoro, no Rio de Janeiro.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje que existe a possibilidade de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vir à posse dele, o que depende de outros compromissos que possam existir no dia 1º de janeiro.

Bolsonaro avaliou positivamente o encontro que teve hoje pela manhã com o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton. A reunião durou cerca de uma hora. “Foi mais um passo do Brasil em direção aos Estados Unidos e dos Estados Unidos em direção a nós”, avaliou.

O presidente eleito pretende ir aos Estados Unidos nos primeiros meses de governo, o que ainda deve ser organizado. Bolsonaro confirmou, porém, que a primeira viagem ao exterior como presidente prevê três países da América do Sul no roteiro: Paraguai, Argentina e Chile.

De acordo com o presidente eleito, a mudança da embaixada brasileira em Israel para a cidade de Jerusalém é uma possibilidade que existe e já há conversas em andamento. Ele também reiterou a posição sobre a Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP-25), destinada a negociar a implementação do Acordo de Paris. O Brasil havia se candidatado para sediar o evento, que deve ocorrer em novembro de 2019, mas retirou a candidatura. Ontem, Bolsonaro confirmou ter participado dessa decisão.

Caixa e BB fora do foco de privatizações

Bolsonaro também disse hoje que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil não estão no radar das privatizações do próximo governo.

O presidente eleito informou ainda que pretende propor uma outra Reforma da Previdência no próximo ano e avaliou que a proposta apresentada pelo governo atual é muito agressiva com o trabalhador.

Ele também comentou a Operação Boca de Lobo, deflagrada hoje como mais um dos desdobramentos da Operação Lava Jato, levando à prisão do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Bolsonaro parabenizou a Lava Jato e disse que o respaldo que ele dá ao combate à corrupção está simbolizado na nomeação do juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça.

As declarações ocorreram após solenidade de diplomação do Curso de Aperfeiçoamento de oficiais, na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO). O evento na Vila Militar, no Rio de Janeiro, reuniu militares e familiares.