O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) protocolou, nesta quarta-feira, o requerimento de criação da CPI do Programa Mais Médicos na Câmara. O pedido de investigação contou com o apoio de 172 parlamentares, um a mais que o número mínimo regimental necessário.
De acordo com Jerônimo, o objetivo é esclarecer a profusão de denúncias de irregularidades e falta de transparência. O acordo firmado entre Brasil, Cuba e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) possibilitou a contratação de mais de oito mil médicos do país caribenho para atuar em território nacional, sem a necessidade de aprovação pelo Congresso Nacional.
Na semana retrasada, o Ministério da Saúde Pública de Cuba anunciou a saída do programa, motivada pela promessa do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de mudar as regras da seleção, exigindo de estrangeiros a revalidação do diploma.
Goergen coletou pessoalmente as assinaturas em poucas horas, o que demonstra a disposição do Parlamento em buscar os esclarecimentos necessários, segundo o deputado. A proximidade com o encerramento da legislatura inviabiliza, porém, que a CPI seja instalada neste momento.
Ele explica que a partir da próxima legislatura, em fevereiro de 2019, mais assinaturas serão colhidas para suprir as rubricas de parlamentares que não se reelegeram. Conforme o progressista, devem sobrar nomes, uma vez que ele conta com apoio das bancadas do PSL e do Novo.
