O economista Paulo Guedes, confirmado para comandar o super Ministério da Economia (que deve reunir Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços), antecipou hoje a gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro vai criar uma Secretaria de Privatizações. A nova área deve começar a atuar em 2019.
Guedes não forneceu detalhes sobre a Secretaria de Privatizações, vinculada diretamente ao Ministério da Economia. A proposta é que o órgão acelere o programa de desestatizações.
Durante a campanha presidencial, o futuro ministro defendeu a necessidade de privatizar estatais e órgãos federais específicos, citando os Correios e subsidiárias da Petrobras.
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, vem dizendo que o processo de privatizações vai seguir um plano específico e bem definido. Ele não citou, porém, a forma como isso vai ocorrer. Já descartou, por exemplo, privatizar a Petrobras como um todo, informando que pensa apenas “em parte” da estatal.
Impostos
Guedes negou hoje que sejam estudados reajustes de tributos e criação de novos impostos. Também afirmou que não há planos para a retomada da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o chamado imposto sobre o cheque.
As declarações de Guedes foram dadas durante a chegada dele ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde se concentra a equipe de transição.
Guedes não indicou quando vai ser anunciado o nome do futuro presidente do Banco do Brasil. Ontem, no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que Ivan Monteiro, atual presidente da Petrobras, está entre os cotados para o cargo.