“População gostou dos cubanos”, comenta Marun ao lamentar fim de acordo para o Mais Médicos

Ministro adverte que o governo Bolsonaro vai passar por dificuldades caso não venha a remanejar a situação

Foto: Lucas Rivas

O ministro da Secretaria-Geral de Governo, Carlos Marun, criticou, na tarde de hoje, a falta de acordo entre o governo de Cuba e a gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro, que resultou no fim da participação de médicos da ilha caribenha no programa Mais Médicos, que reforça o atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2013, no Brasil.

O ministro adverte que o governo Bolsonaro vai passar por dificuldades caso não venha a remanejar a situação. Ao cumprir agenda em Porto Alegre, Carlos Marun destacou a atuação dos profissionais da saúde, em mais de 4 mil cidades do Brasil. “Esses médicos cubanos e de outros países têm prestado serviços bons e relevantes em vários dos pequenos e distantes municípios brasileiros. Então, a princípio não é bom (a ruptura do programa)”, considerou.

Após atendimento a 63 milhões de brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a participação dos médicos cubanos no programa havia sido renovada, em 2018, por mais cinco anos.

Hoje, o Mais Médicos conta com mais de 18 mil vagas, sendo mais de 8,5 mil delas preenchidas por profissionais de Cuba. Para Carlos Marun, além da competência, a simpatia dos cubanos auxiliou no atendimento à população. “Vamos dizer a verdade. A população gostou destes cubanos. Eram simpáticos. O pessoal estava gostando do tratamento e, pelo menos nas cidades que eu visitei, via um carinho por estes médicos”, pontua.

Durante a tarde, o governo de Cuba informou que vai deixar de fazer parte do programa federal. A data exata, porém, ainda precisa ser divulgada.