Patrimônio de quadrilha de jogos de azar supera R$ 16 milhões, revela Polícia

Grupo criminoso tinha 31 imóveis no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina

Alvo da segunda fase da operação Repasse, da Polícia Civil, no início dessa manhã, a organização criminosa que mantinha uma rede de casas de jogos de azar e empresas usadas na lavagem de dinheiro ilícito acumulou patrimônio de mais de R$ 16 milhões.

A Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos, com apoio do Ministério Público Estadual, deflagrou a ofensiva nesta quarta-feira. Em apenas uma casa de jogos de azar, o faturamento mensal era de R$ 9 milhões a R$ 10 milhões. Houve o cumprimento de mais de 180 ordens judiciais, sendo 27 mandados de busca e apreensão e de outros cinco mandados de prisão preventiva, em Porto Alegre e Canoas, além da praia catarinense de Bombinhas.

Cerca de 120 agentes em 33 viaturas foram mobilizados na ação, coordenada pelo titular da DRLD, delegado Filipe Bringhenti. Documentos, computadores, mídias e celulares, além de veículos, foram recolhidos para perícia.

Segundo o delegado Filipe Bringhenti, a operação resultou também no sequestro judicial de 31 imóveis, bloqueio de contas e afastamento dos sigilos bancário e fiscal de 24 envolvidos, afastamento de sigilo de aplicações financeiras de outros 57 e indisponibilidade de 22 veículos, a maioria sequestrada pela Justiça.

Mais de 30 investigados estão na mira dos policiais civis, sendo que a quadrilha é liderada por quatro pessoas. Os líderes, junto com a esposa de um deles, não foram localizados pelos agentes. Três podem ter viajado ao exterior, o que vai ser agora comunicado à Interpol.

O delegado observou que a organização criminosa criou mais de 15 empresas para a lavagem de dinheiro, como revendas de carros, mercados e cafés. As máquinas de cartão de crédito eram utilizadas em pelo menos quatro casas de jogos de azar em Porto Alegre e região Metropolitana, com a jogatina sobretudo através de caça-níqueis e bingos.

O dinheiro ilícito era, então, “legalizado”, através da compra de bens, como residências e veículos, e o uso de contas de laranjas. O trabalho investigativo começou ainda em 2016 e vai ter prosseguimento.

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