EPTC aguarda perícia para apurar causas do incêndio em ônibus em Porto Alegre

Em março deste ano, outro coletivo que atende o bairro Restinga pegou fogo

Ônibus que atende o bairro Restinga ficou totalmente destruído | Foto: Guilherme Testa

Um dia depois de um incêndio destruir um ônibus da empresa Viva Sul, que atende a linha Rápida 10 Restinga, a Empresa Pública de Transporte (EPTC) aguarda o resultado da perícia no veículo para apurar as causas das chamas. O incidente, que terminou sem pessoas feridas, chegou a bloquear parte da avenida Eduardo Prado na manhã dessa segunda-feira. Nesta terça, em entrevista à Rádio Guaíba, o gerente de fiscalização de Transportes, Luciano Souto, afirmou que a origem do fogo ainda é um mistério para o órgão e para a companhia.

“É incomum isso acontecer. Estamos aguardando um posicionamento da perícia. O nosso pessoal da engenharia está verificando o coletivo, mas é complicado descobrir o que começou o incêndio porque o coletivo ficou totalmente destruído. A nossa dúvida é esta”, resumiu Souto.

O gerente da EPTC colocou ainda que o motorista não soube informar onde as chamas começaram. “O condutor contou que ouviu um estouro e depois começaram as chamas. Ele não soube precisar a parte do veículo porque, naquele momento, a prioridade era retirar os passageiros”, explicou.

Luciano Souto garantiu que as inspeções nos ônibus de Porto Alegre são feitas com regularidade e dependem da idade dos coletivos. “Nós temos dois tipos de vistoria. A da fiscalização, destinada à parte estética e à parte elétrica. Isso é feito nos terminais. E também existe a inspeção veicular, que é a parte mecânica, com itens de segurança, com pessoas especializadas. Tem veículos que passam por essa segunda vistoria a cada 180 dias, outros a cada 90 e outros a cada 60. A média é de 90 dias”, disse.

Incomum, mas não inédito 

Embora seja um evento atípico, o incêndio dessa segunda-feira não foi o único em 2018. Em março, outro ônibus que atende o bairro Restinga também pegou fogo. O episódio foi confirmado por Souto, que lembrou que até hoje as causas daquele sinistro não foram descobertas.

“Lembro desse episódio de março. O estado que o veículo ficou não nos permitiu descobrir as causas do incêndio. Nós estamos procurando entender o que aconteceu e por isso vamos nos reunir com a fabricante do ônibus, a Mercedes, para poder compreender isso tudo. Além disso, estamos trabalhando em conjunto com a empresa Viva Sul para saber o que provocou o incêndio”, argumentou.

Questionada pela reportagem, a empresa Viva Sul, através da assessoria de imprensa, relatou que ainda não há informações sobre o incidente. A companhia aguarda a perícia da Polícia Civil.