O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, reúne-se nesta quinta-feira de manhã com o presidente eleito Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro.
Convidado para assumir o Ministério da Justiça ou, futuramente, uma vaga no Supremo Tribunal Federal, Moro conversa pessoalmente, pela primeira vez, com Bolsonaro, depois da vitória dele, no último domingo.
Há informações sobre a possível transformação do Ministério da Justiça em uma superpasta, agregando Segurança Pública, Controladoria-Geral da União e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), mas a fusão das áreas não é confirmada oficialmente.
Moro agradeceu ontem o convite para integrar a equipe do presidente eleito, afirmando estar “honrado” pela lembrança e prometendo “refletir” sobre o assunto.
Especialistas em política dizem que ocupar o Ministério da Justiça representa uma espécie de rito de passagem para uma futura nomeação para o Supremo.
Nos quatro anos de mandato presidencial, Jair Bolsonaro pode fazer duas indicações ao Supremo. A primeira oportunidade em novembro de 2020, quando o ministro Celso de Mello, decano da Corte, completa 75 anos e se aposenta compulsoriamente. No ano seguinte, é a vez do ministro Marco Aurélio deixar a Corte.