“Devemos voltar a entender o que é democracia interna”, defende Yeda sobre o PSDB

Em entrevista à Guaíba, ex-governadora descartou integrar governo de Eduardo Leite

Foto: Alexssandro Loyola

Após ter utilizado, ontem, a tribuna da Câmara Federal, a deputada federal Yeda Crusius (PSDB), ex-governadora do Rio Grande do Sul, reafirmou nesta quarta-feira que o PSDB deve passar por uma profunda reformulação. Como recomendação, Yeda sugere que a legenda volte a olhar internamente para as decisões do partido. “Primeiro, devemos voltar a entender o que é democracia interna”, afirmou, em entrevista à Rádio Guaíba.

A declaração da ex-governadora visa reparar o racha vivido pelos tucanos depois que lideranças partidárias abriram voto para Márcio França (PSB), que disputou o governo de São Paulo contra João Dória (PSDB). Segundo Yeda, Dória saiu fortalecido das urnas, mas sem autonomia para comandar o partido.

“Dória deteve o poder do eleitor em São Paulo, mas não se deve passar para o Dória (comando do PSDB). Ele deve continuar indo atrás do que acha certo para continuar a luta dele. Realmente, a questão em São Paulo foi muito grave porque vários caciques não votaram no Dória e sim no França”, pontua.

Com resultado adverso nas urnas, o PSDB perdeu protagonismo, segundo Yeda, mas ainda detém força no cenário político. “O PSDB pode ser pequeno, agora, na Câmara, mas ele permaneceu grande. Assim como nas lojas, você liquida as roupas de inverno para começar as de verão. Você não liquida os partidos, mas eles estão em profunda transformação”, completou.

Sobre Eduardo Leite (PSDB), governador eleito do Rio Grande do Sul, Yeda descartou a possibilidade de compor a gestão e frisou que o futuro chefe do Executivo está bem amparado ao ser aconselhado pelos ex-secretários dela. Além disso, a tucana considerou que a postura equilibrada adotada por Eduardo Leite em relação à disputa pela Presidência auxiliou na campanha dele. “Ele não foi contra o Bolsonaro e o Alckmin foi contra. O Eduardo deu um apoio com restrições e o Geraldo Alçkmim teve uma rejeição aberta”, comparou.

Sem mandato a partir de janeiro, já que não conquistou a reeleição, a deputada afirmou que segue atuando como presidente nacional do PSDB Mulher, até o fim de 2019.

WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
Sair da versão mobile