Cotado para Casa Civil, Lucas Redecker recusa Piratini e reafirma que vai atuar na Câmara

Eleito pela primeira vez como deputado federal, tucano já comandou pasta de Minas e Energia

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Deputado federal eleito, Lucas Redecker (PSDB) reafirmou, nesta terça-feira, que não pretende atuar como secretário no futuro governo de Eduardo Leite (PSDB). Com base na capacidade de diálogo do deputado na Assembleia, líderes tucanos defendem o nome de Redecker para comandar a Casa Civil. No Parlamento, ele já cumpriu dois mandatos e exerceu liderança da bancada tucana.

Hoje, em entrevista para o Esfera Pública, Lucas Redecker assegurou que pretende ajudar o Piratini atuando na bancada federal gaúcha na Câmara. “Eu falava brincando para ele (Eduardo Leite) que o único compromisso dele comigo, caso fosse eleito, era não convidar para ser secretário porque esse é o meu primeiro mandato como deputado federal e eu pretendo cumprir este mandato. Eu sempre tive o sonho de ser deputado federal e não escondo isso de ninguém”, disse.

Ao somar mais de 114 mil votos, Lucas Redecker se tornou o sétimo deputado mais votado da bancada gaúcha. Ele vai atuar ao lado de Daniel da TV, que também se elegeu pelo PSDB. De 2015 a 2016, Redecker esteve à frente da secretaria de Minas e Energia da atual gestão.

Ainda em entrevista, Lucas Redecker destacou a importância de o Parlamento manter as atuais alíquotas de ICMS, maior fonte estadual de receita. A vigência expira em 31 de dezembro. A manutenção do imposto representa o incremento de quase R$ 2,2 bilhões ao ano. Em 2015, houve reajuste das alíquotas por 27 votos a favor e 26 contra.

Entanto, para que o reajuste seja renovado, um projeto de lei precisa tramitar ainda neste ano na Assembleia. Por isso, Eduardo Leite vai pedir a Sartori para encaminhar a proposta de manutenção do ICMS. Lucas Redecker espera que o texto seja aprovado, ao reforçar que a base governista detém maioria e defendeu, nos programas de Sartori, a preservação do aumento tributário.

“Os dois candidatos que estiveram no segundo turno (Leite e Sartori) passaram a campanha inteira, um dizendo que vai manter as alíquotas de 18% do ICMS por dois anos, e o Sartori dizendo que manteria por 4 anos, ou seja, a ampla maioria da população gaúcha levou para o segundo turno dois candidatos que defendem essa pauta”, concluiu.