A definição do ministério do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) deve se acelerar nos próximos dias, mas os primeiros nomes foram confirmados hoje por ele. No poderoso ministério da Fazenda, que pode ser renomeado para Economia, figura desde o início o economista Paulo Guedes. Para a estratégica Casa Civil, foi escolhido o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS). E para o Ministério da Defesa, a escolha recaiu sobre o general reformado Augusto Heleno.
Na pasta de Ciência e Tecnologia, o astronauta brasileiro Marcos Pontes, que é tenente-coronel da Aeronaútica, também foi confirmado por Bolsonaro e ele próprio admitiu que deve aceitar a missão.
A meta máxima de 15 ministérios, por exemplo, já não é uma certeza. A primeira polêmica surgiu com a tão anunciada e propagada pelo candidato fusão entre as pastas da Agricultura e Meio Ambiente. Após receber visitas de empresários, exportadores, e de representantes do agronegócio, ficou claro que é preciso analisar eventuais prejuízos na economia internacional com as possíveis mudanças. Hoje, o principal discurso de Bolsonaro é afirmar que vai ouvir e avaliar todas as vertentes políticas e econômicas antes de tomar qualquer decisão.
Cotados
Também aparece cotado para um ministério da Infraestrutura o general da reserva Oswaldo de Jesus Ferreira, de 64 anos, que atuou em Brasília como um dos coordenadores do plano de governo de Bolsonaro. O general, que chegou ao posto máximo da carreira como chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército, vai ter como desafio retomar as obras paralisadas, o que exige aumento das verbas para investimentos, hoje reduzidas.
Na área de educação e comunicações, surge o nome do general Aléssio Ribeiro Souto, que coordena esta área do programa de governo, mas há políticos do DEM cotados para ministro da Educação – como o próprio ex-ministro Mendonça Filho.