O Ministério Público Militar (MPM) informou hoje não ter competência para analisar as declarações do coronel da reserva do Exército Antônio Carlos Alves Correia contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o órgão, a conduta não se trata de crime militar e o caso deve ser apurado pelo Ministério Público Federal (MPF), que atua junto à Justiça comum.
Em um vídeo divulgado na noite de segunda-feira, Correia ofende e ameaça a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, além de outros ministros do STF.
Na gravação, o coronel da reserva chama Rosa Weber de “salafrária e corrupta”, ao se referir ao dia em que ela recebeu integrantes do PT que pediram a aplicação de medidas cautelares urgentes para investigar notícias de que empresas favoráveis à candidatura do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, pagaram por serviços de disparos de mensagens em massa contra o opositor Fernando Haddad, via WhatsApp.
Exército se posiciona
Ontem, o Exército informou que as declarações do coronel não correspondem ao pensamento da corporação.
O MPM também informou que, em julho, instaurou procedimento para apurar outras declarações do coronel reformado sobre outras autoridades, mas que o procedimento acabou encaminhado ao MPF.
Ontem, a Segunda Turma do STF também decidiu mandar para a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedido de investigação contra Alves.