A Justiça Eleitoral acatou pedido feito pelo deputado federal Jerônimo Goergen e pelo deputado federal eleito Marcel Van Hattem e proibiu a realização do evento “Contra o Fascismo. Pela Democracia”, programado para acontecer nesta quinta-feira, na Universidade federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
No despacho, o Juiz Auxiliar Rômulo Pizzolatti afirma que “é nítido, pelo contexto, que se trata de evento político-eleitoral, seja a favor do candidato Fernando Haddad, seja contra o candidato Jair Bolsonaro. Com efeito, o evento terá a participação, no uso da palavra, apenas de apoiadores da candidatura de Fernando Haddad”. Na decisão, o magistrado afirma, ainda, que é proibido o uso de espaços físicos da UFRGS por ser uma instituição pública, conforme “o que dispõe o inciso I do artigo 73 da Lei das Eleições”.
Nas redes sociais, o ex-governador Tarso Genro, que participaria do evento na UFRGS, disse que foi censurado pelo poder judiciário. “Dei aulas, proferi conferências em Universidades da França, Inglaterra, Portugal, Espanha, Alemanha, Argentina e aqui, mesmo na ditadura. Respeitei sempre os protocolos legais dessas casas de ensino. Hoje, censurado para falar na UFRGS, no RS que governei. Fascismo cresce”, escreveu.
Candidato do PSol à presidência da República, Guilherme Boulos, confirmou a vinda a Porto Alegre para o ato e também falou em censura. “Justiça tenta impedir nosso evento pela democracia em Porto Alegre. A atividade será mantida, mas o local alterado”.
Com o impedimento de realizar a atividade dentro dos espaços da UFRGS, os organizadores transferiram o evento para o Brooklyn, que fica no vão do viaduto Imperatriz Dona Leopoldina, na Avenida João Pessoa, na Capital.
