Os advogados do candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) entregaram hoje ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) defesa na ação em que o PT pediu investigação de suspeitas de uso de sistemas de envio de mensagens em massa na plataforma WhatsApp custeados por empresas – que é proibido desde a minirreforma eleitoral.
Na defesa, os advogados sustentaram que a campanha de Bolsonaro não precisa pagar por apoio e pediram o arquivamento da ação. Para a defesa, o candidato obteve apoio independente e espontâneo na Internet. A defesa também sustentou que a denúncia foi feita com objetivo de desconstruir a imagem de Bolsonaro.
“Não basta a alegação vazia de suposta prática de atos alheios ao conhecimento dos candidatos representados para configuração de abuso de poder econômico. Deve-se demonstrar, de forma inconteste, e não apenas superficial, como fizeram os ora investigantes, que houve, de fato, benefício eleitoral e a gravidade da conduta”, argumentou a defesa.
Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem segundo a qual empresas de marketing digital custeadas por empresários vinham disseminando conteúdo em milhares de grupos do aplicativo.
Ao abrir a ação contra a campanha de Bolsonaro, o ministro Jorge Mussi rejeitou, no entanto, pedido de diligências feito pelo PT, como quebra de sigilo bancário, telefônico e de prisão dos supostos envolvidos, por entender que as justificativas estão baseadas em notícias de jornal e não podem ser decididas liminarmente.