Novamente em um domingo de sol, as ruas de Porto Alegre foram pintadas de rosa durante a 15ª Caminhada das Vitoriosas. Realizada pelo Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama-RS), a atividade tem por objetivo disseminar a importância da prevenção e da luta contra o câncer de mama.
O evento começou com concentração no Parque Moinhos de Vento (Parcão) e, em seguida, a multidão presente saiu em caminhada pelas ruas da Capital, em direção ao Parque Farroupilha (Redenção). Por volta das 10h, o Parcão já estava colorido. Além da quantidade de pessoas usando camisetas em alusão ao evento, havia diversos adereços, fantasias e até veículos na cor rosa.Antes da caminhada, música e atividades em um palco montado animavam a multidão, que recebia material informativo sobre o câncer de mama. Mãe e filha, Inara e Isabel Crivelatti participavam da atividade pelo sexto ano consecutivo. De acordo com elas, o ambiente formado é receptivo e, dessa forma, um incentivo para que cada vez mais gente participe e dê continuidade ao movimento.
“Tem vida após o câncer”, garante a Mauren Sechinski, 53 anos, que descobriu a doença há cinco anos e continua lutando contra ela. Desde o diagnóstico, já foram diversos procedimentos feitos para remover os nódulos e reconstituir o seio. Nenhum deles, no entanto, foram o suficiente para que a comerciante esmorecesse.
Pelo contrário, anualmente, participa da Caminhada das Vitoriosas e, cada vez mais, se envolve na causa e tenta disseminar a importância da prevenção entre as mulheres. “Foi um susto, mas um susto que abriu os olhos”, definiu sua filha, a psicóloga Joana Sechumsk, que a acompanha em todas as edições do evento.
Ao longo da manhã, entre a multidão formada, também chamava a atenção a quantidade de homens que aderiam ao evento, em solidariedade às mulheres, mas também para dar mais visibilidade a uma causa de tamanha importância.
Contribuir com a sociedade
O comerciário Henrique Cruz, de 50 anos, era um deles. Por entender o que o trabalho do Imama-RS representa, ele começou a participar das caminhadas antes mesmo de ter um caso da doença na família – sua irmã já foi diagnosticada com câncer de mama.
De acordo com Cruz, o momento conturbado do país politicamente também o leva a achar ainda mais relevante a participação. “A gente precisa, de alguma forma, contribuir com a sociedade”, avaliou.