Porto Alegre instala 1,4 mil armadilhas contra o mosquito da dengue

Medida permite ações de prevenção e eliminação do Aedes, evitando que as pessoas fiquem doentes

Foto: Cristine Rochol/PMPA

Porto Alegre vai ampliar o combate ao mosquito Aedes aegypti no verão. Para isso, a Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) vai fazer a cobertura de um milhão de habitantes instalando 1,44 mil armadilhas até o fim do ano. A medida permite ações de prevenção e eliminação do mosquito e evita que as pessoas fiquem doentes.

O diretor-geral da CGVS, Anderson Lima, participou hoje da reunião da Secretaria Municipal da Saúde com os representantes da empresa Ecovec, responsável pelo sistema inteligente de monitoramento do Aedes, há seis anos, na Capital.

“Conseguimos realizar o bloqueio vetorial que significa a aplicação de inseticida num raio de 150 metros quando do surgimento de um mosquito contaminado e intensificamos as ações de visita domiciliar na cidade”, destacou. Lima pediu que a população consulte o site “Onde Está o Aedes?”, com dicas de eliminação dos criadouros do mosquito.

Já o secretário municipal da Saúde, Erno Harzheim, afirmou que Porto Alegre se diferencia do restante do país porque vem conseguindo realizar um controle da população mosquito de maneira muito efetiva na Capital em razão da parceria adotada com a Ecovec.

O médico veterinário Luiz Felippe Kunz Júnior, da Equipe de Vigilância de Roedores e Vetores da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, disse que em razão do inverno ocorreu uma baixa infestação de mosquitos adultos na cidade. “A tendência dos institutos de meteorologia é que tenhamos um verão de muita chuva e mais calor, o que é um ambiente favorável para o Aedes aegypti”, ressaltou. Ele estima que, no fim de novembro, a situação seja de alerta para o mosquito na cidade.

Luiz Felippe pediu que os moradores façam uma limpeza no pátio e recolham tudo que possa acumular água para evitar os criadouros do mosquito. Já quem for viajar para fora do Estado e retornar com sintomas como febre alta, dor nas articulações, manchas vermelhas no corpo e dor muscular, a enfermeira Raquel Borba Rosa, da Vigilância Epidemiológica, sugeriu procurar atendimento médico nos postos de saúde.