Delegado fala que símbolo grafado em jovem que relatou agressão na Cidade Baixa é budista

Ela conta que três homens a questionaram sobre o motivo do uso da camiseta e a atingiram a socos

Imagem: Arquivo Correio do Povo

Em conversa com a reportagem da Rádio Guaíba, o delegado Paulo Jardim, responsável pela 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, afirmou que o símbolo marcado no corpo da jovem que relata ter sido agredida por três homens, na noite de segunda-feira, no bairro Cidade Baixa, é religioso budista, sem nenhum vínculo com a suástica, do regime nazista alemão.

Como a vítima registrou o caso na 2ª Delegacia de Polícia, nessa terça-feira, Jardim recebeu a ocorrência apenas no início da tarde desta quarta. Especialista em investigar crimes de ódio ligados a células neonazistas no Rio Grande do Sul, ele informou que vai avaliar imagens das câmeras de segurança para entender melhor o caso. Conforme o policial, somente a investigação vai esclarecer se houve agressão ou autoflagelo. Ele também deixou claro que, além do relato da vítima, a Polícia ainda não pode afirmar o que motivou a agressão.

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A jovem, que preferiu não conversar com a imprensa, relatou à Polícia Civil que os agressores a abordaram quando desceu ônibus usando uma camiseta com os dizeres #EleNão, em referência ao candidato Jair Bolsonaro (PSL).

Ainda segundo o BO, a estudante seguia para casa. Ela conta que os homens a questionaram sobre o motivo do uso da camiseta e a atingiram a socos. A jovem relata que, na sequência, dois a imobilizaram e o terceiro usou um canivete para fazer os cortes na pele dela.

A Rádio Guaíba conversou com uma amiga da vítima, que também preferiu não se identificar. Ela explica detalhes da agressão.

Entrevista
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