Bolsonaro dispensa aproximação de “quem pratica violência”

Candidato manifestou-se no Twitter na noite desta quarta-feira

Via Twitter, Bolsonaro condenou violência na eleção | Foto: Flickr

Cerca de duas horas depois da divulgação da pesquisa Datafolha que o coloca com 16 pontos percentuais de vantagem contra Fernando Haddad (PT), o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) posicionou-se contra os atos de violência que vêm marcando a campanha eleitoral. Ele dispensou o voto de “quem pratica violência” e cobrou providência das autoridades.

“Dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar”.

O candidato fixou a mensagem no Twitter e, em uma mensagem posterior, rechaçou ligações com o nazismo – “que, assim como o Comunismo, repudiamos completamente”, escreveu. “Admiramos e respeitamos Israel e seu povo”, completou.

Violência na campanha

Um dos casos de violência que ganhou maior repercussão nesta semana ocorreu em Salvador, onde um homem que havia declarado voto no PT morreu esfaqueado por um apoiador de Bolsonaro.

Com relação à imprensa, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) registrou mais de 130 casos de violência contra jornalistas em contexto político-eleitoral em 2018. Houve, pelo levantamento, 62 casos de violência física. Um dos mais recentes envolveu uma jornalista pernambucana que, segundo a Abraji, sofreu agressão e ameaça de estupro por apoiadores de Bolsonaro.