Novo e PP decidem pela isenção no segundo turno

Legendas concorreram com João Amoêdo e Ana Amélia (vice) na disputa pelo Planalto

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Por meio do Twitter, o Partido Novo, que teve João Amoêdo como candidato à Presidência da República, comunicou nesta terça-feira que não vai apoiar nenhum dos candidatos ao segundo turno. Marcado para o dia 28 de outubro, o pleito envolve Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

Na postagem, a sigla considera que obteve grandes conquistas e sai fortalecida dessas eleições. “No entanto, o cenário presidencial não é o que desejávamos. Manteremos nossa coerência e nossa contribuição à sociedade se dará através da atuação da nossa bancada eleita, alinhada com nossos princípios e valores”.

Mesmo declarando neutralidade, o partido enfatizou que os integrantes são “absolutamente contrários ao PT”, que dizem “ter ideias e práticas opostas às defendidas pela legenda”. O Novo elegeu oito deputados federais e está na briga pelo governo de Minas Gerais com Romeu Zema.

Alçado como o principal representante parlamentar da sigla no Rio Grande do Sul a partir de 2019, o deputado federal eleito Marcel Van Hattem (Novo) confirmou, hoje, em entrevista à Rádio Guaíba, que vai fazer campanha para Bolsonaro a partir de agora.

Outro partido que também declarou neutralidade hoje é o PP que, no primeiro turno, apoiou a candidatura do tucano Geraldo Alckmin. Em uma carta longa, de três páginas, dirigida aos progressistas, o presidente do partido Ciro Nogueira (PI) sustenta que o eleitor claramente enviou um recado ao país: quer tomar a decisão sem que qualquer outro aspecto, que não os candidatos, sejam levados em consideração como critério de escolha. “Isso significa que o eleitor quer o silêncio e o palco vazio de qualquer ruído ou informação que interfira na sua reflexão sobre qual candidato escolher”, disse Nogueira.

Ao reafirmar o compromisso do partido com a democracia, estabilidade econômica, social e com as garantias fundamentais, o PP, que elegeu 37 deputados federais, cinco senadores e o governador do Acre, Gladson Cameli, fala que está disposto a colaborar com o futuro governo “em todas as agendas coerentes e resolutivas que sejam capazes de enfrentar e encaminhar a solução para os grandes problemas que o país precisa solucionar”.

A posição nacional difere das tomadas pelo PP gaúcho e pela candidata a vice na chapa de Alckmin, a senadora Ana Amélia Lemos, que ontem confirmaram apoio a Bolsonaro no segundo turno.