Médicos vão avaliar se Bolsonaro pode fazer campanha na rua

Participação do candidato em debates também depende dessa avaliação

Eleito senador pelo Rio de Janeiro, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL) disse hoje que o pai dele, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), passa por uma avaliação médica nos próximos dias que vai definir como deve ser a atuação dele no segundo turno da campanha.

Vítima de uma facada no dia 6 de setembro, quando fazia campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, Bolsonaro continua a receber cuidados médicos e deve permanecer em casa até ser liberado pela equipe médica. Flávio disse que uma nova perícia deve ser feita, talvez amanhã – ou depois.

“O próximo fator importante é essa perícia dos médicos, que vão dizer até onde ele pode ir e até onde não pode ir. Mas ele quer sair”, disse Flávio Bolsonaro. Ele acrescentou que a participação do candidato em debates também depende dessa avaliação.

Flávio Bolsonaro concedeu entrevista à imprensa do lado de fora do condomínio em que o pai mora, na Praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. O deputado afirmou que a estratégia de campanha para o segundo turno envolve fortalecer lideranças estaduais e apostar nas redes sociais.

Sobre o Nordeste, única região do país em que Jair Bolsonaro perdeu a eleição no primeiro turno, Flávio Bolsonaro disse acreditar que o tempo de televisão, dividido ao meio no segundo turno, vai permitir atingir mais eleitores. “A gente vai poder comunicar melhor para aqueles setores que não foram impactados pelas redes sociais.”

Bolsonaro atacou o PT, classificando o partido de “império do mal” e “trevas”, e disse que a vitória do PSL foi avassaladora, com a eleição de mais de 50 deputados federais e quatro senadores. Ele afirmou que, no segundo turno, não vai haver conversas nem alianças formais com outros partidos, apenas convergência de valores contra a candidatura de Fernando Haddad (PT) à presidência.

Flávio disse que a bancada eleita para o próximo Congresso Nacional garante base a Bolsonaro e dificulta a governabilidade para Haddad, caso o petista vença o segundo turno das eleições.

Ele afirmou também que é direito do PSL questionar os resultados da eleição, já que não houve a aprovação do voto impresso, para contagem manual. “Problemas não foram pontuais e podem ter sido decisivos”, acrescentou.