Dos 513 deputados federais eleitos e reeleitos, 77 são mulheres, o que representa 14% do total da Câmara. Apesar de o número ainda ser baixo, ele é maior em comparação às eleições de 2014, quando 51 mulheres chegaram ao Legislativo federal.
O maior número de mulheres eleitas é de São Paulo, com 11. A mais bem votada é a cientista política Tábata Amaral (PDT), integrante do movimento político suprapartidário Acredito, eleita com 264.450 votos, nesse domingo.
Proporcionalmente, no entanto, o Distrito Federal está na frente. Das oito vagas na Câmara, cinco serão ocupadas por mulheres. As três primeiras colocadas da bancada foram Flavia Arruda (PR), Erika Kokay (PT) e Bia Kicis (PRP). A única reeleita foi a petista. O DF também mandou para a Câmara Paula Belmonte (PPS) e Celina Leão (PP).
Três estados não elegeram mulheres para a Câmara: Amazonas, Maranhão e Sergipe. Em relação aos partidos, entre as eleitas, dez são do PT, legenda do presidenciável Fernando Haddad, e nove do PSL, sigla do também presidenciável Jair Bolsonaro.
Das 54 cadeiras do Senado em disputa nas eleições de ontem, sete serão ocupadas por mulheres – 12,9% do total. Foram eleitas para o Senado Leila do Vôlei (PSB-DF), Eliziane Gama (PPS-MA), Juíza Selma Arruda (PSL-MT), Soraya Thronicke (PSL-MS), Dra. Zenaide Maia (PHS-RN), Mara Gabrili (PSDB-SP) e Daniella Ribeiro (PP-PB).
Na lista dos mais jovens eleitos para a Câmara há uma mulher, a estudante de Direito Luiza Canziani (PTB-PR), de 22 anos, filha do também deputado federal Alex Canziani (PTB-PR), que perdeu a disputa para o Senado. Reeleita deputada federal, Luiza Erundina (PSol-SP), de 84 anos, no sexto mandato, é a parlamentar mais idosa do novo Parlamento.
Pela legislação eleitoral, os partidos devem lançar no mínimo 30% de candidatas mulheres nas eleições proporcionais – para a Câmara e as assembleias legislativas em cada Estado. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que 30% dos recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), formado por dinheiro público, deve ir para a propaganda das candidatas, bem como 30% do tempo no horário eleitoral gratuito.