Filho de Bolsonaro defende candidatos que destruíram placa em homenagem a Marielle

Questionado sobre se rasgar a placa era desrespeito a memória da vereadora, ele disse que houve "desrespeito com a Praça Floriano"

O deputado estadual e candidato ao Senado pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL) defendeu, na manhã de hoje, os correligionários que destruíram uma placa em homenagem à vereadora do PSol Marielle Franco, assassinada a tiros há seis meses, no Centro da capital fluminense. Segundo ele, os candidatos Daniel Silveira (a deputado federal) e Rodrigo Amorim (a deputado estadual) “nada mais fizeram do que restaurar a ordem”.

Os dois fizeram em pedaços a homenagem que havia sido colocada pelo partido da vereadora para “rebatizar” com o nome dela a praça Floriano, também conhecida como Cinelândia. Além disso, divulgaram imagens da destruição no Facebook. Flávio Bolsonaro ainda classificou a ação de “posicionamento ideológico”. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

“Eles restauraram a ordem na placa que era de homenagem ao Marechal Floriano. O PSol acha que está acima da lei e pode mudar nome de rua na marra (…). Se o PSol quer homenagear a Marielle, apresente projeto de lei, proposta na prefeitura, para botar a placa, mas não pode cometer um ato ilegal como esse”, disse o parlamentar.

Questionado sobre se rasgar a placa era desrespeito a memória da vereadora, ele disse que houve “desrespeito com a Praça Floriano (nome original do logradouro que foi alterado)”. No local, fica a Câmara Municipal, onde Marielle exercia mandato.

O presidenciável Jair Bolsonaro nunca se posicionou sobre o assassinato da vereadora, morta com uma rajada de metralhadora na cabeça, em 14 de março. Até hoje, a Polícia não esclareceu o crime. Uma das hipóteses de autoria sugere a ação de milicianos – policiais que exercem domínio armado sobre áreas carentes, explorando negócios ilegais e cometendo extorsões.