Porto Alegre registra mais três casos de sarampo; total no RS chega a 36

Capital confirmou 29 pacientes com a doença desde janeiro

O Rio Grande do Sul já registra 36 casos confirmados de sarampo em 2018. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde atualizou o relatório nesta quarta-feira. Em relação ao boletim da semana passada, foram mais três ocorrências atestadas em laboratório, todas elas em Porto Alegre. Do total, 29 envolveram moradores da Capital. Viamão teve três casos confirmados; Alvorada, dois, e São Luiz Gonzaga e Vacaria, um, cada.

Em âmbito nacional, 1.935 casos de sarampo foram confirmados no Brasil até a segunda-feira passada – 1.525 deles no Amazonas e 330 em Roraima. O Amazonas contabiliza ainda 7.873 casos em investigação e Roraima, 101. Casos isolados foram registrados, até o dia 1º, em São Paulo (3), Rio de Janeiro (18), Rio Grande do Sul (33), em Rondônia (3), Pernambuco (4), no Pará (14), Distrito Federal (1) e em Sergipe (4).

Ainda de acordo com a pasta, dez mortes por sarampo foram confirmadas, sendo quatro em Roraima (3 estrangeiros e 1 brasileiro), quatro no Amazonas (todos brasileiros, sendo 2 em Manaus e 2 no município de Autazes) e dois no Pará (indígena e venezuelano).

Campanha
Balanço divulgado hoje pelo ministério mostra que 97,7% das crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos foram vacinadas contra o sarampo, enquanto 97,9% receberam a dose contra a poliomielite. Até o momento, 15 estados atingiram a meta de 95% de cobertura para as duas vacinas, incluindo o Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, porém, os índices, até o momento, atingem cerca de 80%. Na faixa de até um ano de idade, a cobertura é ainda menor, de menos de 65%.

Alerta
O Brasil ganhou prazo até fevereiro de 2019 para reverter os surtos de sarampo registrados em diversas áreas do país – sob pena de perder o certificado de eliminação da doença, concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em 2016.

O critério adotado pela entidade para conferir transmissão sustentada é que o surto se mantenha por um período superior a 12 meses. As autoridades sanitárias brasileiras, portanto, correm contra o tempo, já que os primeiros casos da doença no Norte do país foram identificados no início do ano.