José Ivo Sartori: “O problema não é falta de vontade, mas falta de dinheiro”

Candidato foi o convidado desta quarta-feira do programa Direto ao Ponto

O atual governador gaúcho José Ivo Sartori (MDB),  que disputa a reeleição, participou do programa Direto ao Ponto, da Rádio Guaíba, na manhã desta quarta-feira. Ele foi o quarto e último participante da série que entrevistou os quatro candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto na disputa pelo Palácio Piratini.

Sartori começou a entrevista falando das ações que vêm sendo realizadas pelo governo atual, principalmente para colocar as contas do caixa do Estado em dia. “Nós sabemos que essa é uma caminhada longa para buscar o equilíbrio [das contas]. Em 1º de janeiro de 2015, nós começamos a tomar atitudes de austeridade e a construir uma saída para a crise”, avaliou Sartori.

Durante 42 minutos, o mesmo tempo concedido aos quatro candidatos, Sartori falou ainda sobre as tratativas que vem fazendo para a adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal e afirmou que, durante anos, o Estado mais gasta do que arrecada. Para o candidato, a contrapartida do governo estadual com a União – que é privatizar ou federalizar estatais como CEEE, Sulgás e CRM – se faz necessária para o equilíbrio das contas. “É evidente que o Estado não precisa ter órgãos que não é papel do Estado gerir”, explicou.

Sobre a criminalidade e o papel das forças de segurança pública, Sartori disse que falta uma política nacional de segurança e uma política penitenciária brasileira. Apesar dos problemas, o candidato citou o aumento do efetivo e do orçamento da área da segurança pública no último ano. Sartori afirmou, ainda, que mais de 400 municípios gaúchos já aderiram ao videomonitoramento, que contribui para fazer o cercamento eletrônico do RS.

O candidato ao Palácio Piratini falou ainda sobre impostos. Sartori diz que, independentemente da eleição, não acredita em novo aumento de ICMS, apenas prorrogação das alíquotas atuais. Segundo ele, caso a prorrogação não se efetive, o RS deixará de arrecadar R$ 2,5 bilhões.

Sobre o parcelamento dos salários do funcionalismo, Sartori afirma que a “maior dor que sente é não poder pagar em dia”. Ele ainda diz que muitos servidores públicos compreendem a falta de recursos e que o atual governo está trabalhando firme para colocar as contas em dia. “O problema não é falta de vontade política, mas falta de dinheiro”, concluiu.