Miguel Rossetto: “Haddad e eu faremos uma boa dupla para o Rio Grande”

Candidato foi o convidado desta terça-feira do Direto ao Ponto

Foto: Mauro Schaefer/CP

Miguel Rosseto, do PT, participou nessa terça-feira (02) do programa Direto ao Ponto em série de entrevistas com os candidatos ao governo do Estado na reta final da campanha. O petista iniciou a conversa afirmando que mantém diálogo estreito com Fernando Haddad, candidato da sigla ao Planalto, e que planejam juntos encontrar soluções para a crise no Rio Grande do Sul. Disse também que juntos farão “uma boa dupla pelo Rio Grande.”

“Haddad está entusiasmado, conversamos muito sobre a situação do RS, faremos uma boa dupla, para tirar o RS da crise. Esse diálogo é muito importante, para trazer desenvolvimento para o Estado”, disse Rossetto. Na sequência, criticou o atual governador José Ivo Sartori (MDB): “o Rio Grande do Sul é vítima de dois governos desastrosos. Do Temer, em nível nacional, e do Sartori em nível estadual. A emenda que congela os investimentos em infraestrutura, saúde, é muito ruim. Nós vamos revogar isso”, garantiu. Além disso, afirmou que será “incansável na recuperação da economia do nosso Estado” e que “esse será o caminho para tirar o Estado da crise”.

Questionado sobre a decisão do juiz Sérgio Moro, que levantou o sigilo sobre a delação do ex-ministro Antônio Palocci, foi incisivo: “é um juiz que se comporta como cabo eleitoral. Foi um truque eleitoral para tentar enganar a eleição. Nem o Ministério Público reconheceu validade nas delações do Palocci por não ter provas.”

Também criticou a relação do atual governo com Brasília no que tange ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “O Temer é um fantasma, ele não existe mais. O RRF proíbe o próximo governo de contratar professores, policiais. A gente vai mudar isso, a gente vai pensar na questão da dívida com Haddad com muita seriedade, uma negociação respeitosa. O RS vai voltar a ser respeitado no nosso governo.”

Sobre pagamento de salários, garantiu que “as receitas do RS são maiores do que os gastos com pessoal. O Estado tem mais dinheiro do que gasta, ele pode pagar, o governo atual faz outra escolha. A minha escolha é pagar em dia o salário, porque eu quero que a professora entre na sala de aula animada, não preocupada com o salário atrasado.” Ainda complementou que “governar é fazer escolhas, e as minhas estão claras. Vou pagar em dia e vou chamar prefeitos para acordar planejamento financeiro para regularizar repasses e terminar com o sucateamento do SUS no RS.”

Sobre educação, disser ser primordial valorizar as escolas públicas e o professor: “eu vou aumentar a receita com crescimento da economia. Esse é o melhor remédio para a economia. Nosso dever é ter uma boa escola pública, voltar a pagar salários, contratar mais policiais.” Também afirmou que serão chamados os concursados para a Brigada Militar e garantiu que seu governo será formado por, no mínimo, 50% de mulheres.

Sobre estatais, afirmou que se trata de um modelo fracassado e que investir nessas empresas é o caminho: “eu quero trazer investimento, a CEEE e a CRM são empresas de energia, elas precisam ser bem governadas, precisamos investir nelas, vamos investir na região Carbonífera. Também quero uma Corsan e um Banrisul fortes, quero ele presente e gerando emprego e renda. Meus adversários querem privatizar, eu não penso assim, isso é um fracasso”, finalizou.