Promotoria do Paraná denuncia ex-governador Beto Richa por corrupção

Conforme o MP, acusados fraudaram licitação para a implantação de “patrulhas mecanizadas” em todo o estado com o intuito de beneficiar três empresas

Beto Richa. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

O Ministério Público do Paraná denunciou hoje criminalmente o ex-governador Beto Richa (PSDB) e outras 12 pessoas investigadas na Operação Rádio Patrulha pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e fraude a licitação.

Richa, que é candidato a uma vaga no Senado, foi preso durante a operação e depois libertado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Segundo a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), os acusados fraudaram licitação para a implantação de “patrulhas mecanizadas” em todo o estado com o intuito de beneficiar três empresas.

Segundo o MP, os empresários apresentaram ao então governador proposta para as empresas deles adquirirem o maquinário e o alugarem para o estado, repassando a Richa e ao grupo denunciado uma porcentagem do ganho com os aluguéis.

De acordo com o apurado pelo MPPR, o total dos pagamentos efetuados pelo estado do Paraná às empresas conluiadas chegou a quase R$ 102 milhões. A porcentagem prometida como propina pelos empresários era de 8% sobre o total bruto, o que corresponde a R$ 8 milhões.

Recursos
Na semana passada, o Ministério Público do Paraná apresentou ao Supremo Tribunal Federal três medidas judiciais contra a decisão do ministro Gilmar Mendes que libertou os investigados presos na Operação Rádio Patrulha, deflagrada no dia 11 de setembro pelo Gaeco.

Os promotores entraram com um agravo regimental contra a decisão, encaminhado ao próprio ministro, e exceção de suspeição e mandado de segurança, ambos apresentados ao ministro Dias Toffoli, presidente do STF.