Nova concessionária prioriza redução de crateras que surgiram na FreeWay

Hoje, Neovia recapeou a pista entre os quilômetros 96 e 98, o que causou lentidão no sentido Capital/Interior, até o fim da tarde

Foto: Alina Souza/CP

Quase três meses após o rompimento do vínculo de 21 anos entre o governo federal com a Triunfo Concepa, a FreeWay (BR 290) começou a receber, na manhã de hoje, o trabalho de uma nova concessionária. A Neovia, de Curitiba, assumiu a manutenção e a conservação da via, em um contrato que não envolve serviços complementares, como socorro médico e guincho.

Os primeiros serviços, que vão do quilômetro 0 ao 98, envolvem cobrir as crateras que passaram a surgir na via, desde o início de julho. Hoje, a Neovia recapeou a pista entre os quilômetros 96 e 98, o que causou lentidão no sentido Capital/Interior, até o fim da tarde.

O valor total do contrato é de cerca de R$ 90 milhões, com vigência máxima até 22 de janeiro de 2021. Apesar disso, por enquanto a Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Rio Grande do Sul (Dnit/RS) conta com a liberação de R$ 8 milhões, que devem ser divididos entre a FreeWay e outros trechos sob a administração do órgão no Rio Grande do Sul.

Os recursos correspondem a pouco menos da metade do montante solicitado para o Departamento em Brasília. A expectativa é de que, caso seja necessário, uma nova articulação seja feita para que mais valores sejam liberados pelo governo.

Outro trecho que voltou à responsabilidade do Dnit é o da BR 116, entre os quilômetros 276,50 e 299,40 (Eldorado do Sul/Guaíba). Também sem uma concessionária desde a saída da Concepa, o espaço vai ser assumido pela Conpasul, de Eldorado do Sul, que venceu o processo licitatório aberto pelo Dnit e espera a assinatura do contrato para começar a trabalhar. O acordo também não prevê guincho, nem socorro médico. Em contrapartida, o usuário, nas duas rodovias, não precisa pagar pedágio.

A chegada da Neovia vem suprir uma necessidade do Dnit desde a saída da Concepa e que deve durar, pelo menos, até o ano que vem. Em fevereiro, o governo espera que se iniciem os trabalhos da empresa que vai assumir a Rodovia de Integração do Sul (RIS). O trecho, formado pelas BRs 101, 386, 448 e 290, deve ser leiloado em 1º de novembro.