A Polícia Civil pretende concluir, na próxima sexta-feira, o inquérito sobre o caso do instrutor de dança, de 42 anos, que confessou ter assassinado a cunhada Elaine Silva da Silva, de 52, em Gravataí, na região Metropolitana de Porto Alegre. Nessa segunda, ele admitiu o crime para os agentes da 1ª DP de Cachoeirinha, que se deslocaram até Cruz Alta, onde ocorreu a prisão do suspeito, no dia 15.
O delegado Leonel Baldasso confirmou, nesta terça, o encerramento das investigações mesmo que eventuais diligências complementares e laudos periciais sejam acrescidos posteriormente. O instrutor vai ser indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe, feminicídio e ocultação de cadáver.
A versão do suspeito, que teve a prisão preventiva decretada, é de ele e a vítima mantinham, havia oito anos, um suposto relacionamento amoroso. Durante a investigação em torno do desaparecimento de Elaine, ocorrido no dia 11, a equipe da 1ª DP de Cachoeirinha apurou que o suspeito tinha relacionamentos fora do casamento. Os policiais não encontraram provas, porém, de que a cunhada era uma dessas mulheres. “Não foi comprovado. Não há provas. Ele disse que era um segredo” destacou.
O delegado ainda detalhou o crime. “Ele disse que matou dentro da sala da casa dele mesmo. Deu uma briga entre os dois porque a cunhada não queria acabar o relacionamento e ele então a esganou”, afirmou, referindo-se ao depoimento. “Não há dúvidas que ele matou ela. Houve a confissão e a morte”, observou Baldasso, enfatizando as provas técnicas dentro do inquérito.
Conforme o trabalho investigativo, após esganar e matar a cunhada, o instrutor de dança levou o corpo no porta-malas de um Fiat Siena a um motel em Gravataí. Ele limpou o cadáver e o abandonou, junto de um carro, perto de um matagal em Morungava, na zona rural de Gravataí. O acusado caminhou então até Taquara, onde se hospedou em um hotel antes de seguir de ônibus até Cruz Alta.