Ministério Público abre inquérito para investigar Geraldo Alckmin

Investigação decorre de reportagem publicada em 16 de setembro pela Folha de S.Paulo

Geraldo Alckimim. Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

O Ministério Público do estado de São Paulo (MP-SP) abriu uma investigação hoje contra o candidato à Presidência da República pelo PSDB e ex-governador Geraldo Alckmin. O inquérito decorre de reportagem publicada em 16 de setembro, na Folha de S.Paulo, que apontou irregularidades em dois decretos que levaram a desapropriações de terrenos de familiares de Alckmin.

A apuração do MP envolve eventual irregularidade nos decretos editados em 2013 e 2014 por Alckmin, então governador do estado de São Paulo, que dispõem sobre desapropriações de terrenos pertencentes ao sobrinho, Othon César Ribeiro, e à esposa dele, Juliana Fachada Cesar Ribeiro. O MP sustenta que, segundo a matéria jornalística, as desapropriações renderam a Othon e a Juliana supostos R$ 3,8 milhões.

Um dos argumentos do promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social Marcelo Milani para a abertura da investigação é que “o fato narrado pode configurar enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e violação de princípios da Administração Pública e, portanto, ato de improbidade administrativa”.

A Comissão Executiva Nacional do PSDB informou, em nota, que a abertura do inquérito pode causar prejuízos à campanha presidencial de Alckmin e “merece investigação da Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público” para apurar “eventual motivação político eleitoral e abuso de autoridade”.

O partido disse que a investigação é baseada “tão somente em notícia de um veículo de comunicação, sendo que na própria reportagem foram prestados esclarecimentos cabais”.