Bolsonaro volta a negar recriação da CPMF

Candidato do PSL determinou que seu vice, general Hamilton Mourão, e o conselheiro na área econômica reduzam suas atividades eleitorais

Candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro | Foto: Samuel Maciel / CP Memória

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, voltou a usar o Twitter para negar a ideia de recriação da CPMF. Na noite desta quarta-feira, o deputado classificou o assunto como “notícias mal-intencionadas”. “Ignorem essas notícias mal-intencionadas dizendo que pretendemos recriar a CPMF. Não procede”, afirmou. “Querem criar pânico pois estão em pânico com nossa chance de vitória. Ninguém aguenta mais impostos, temos consciência disso. Boa noite a todos!”, escreveu o líder nas pesquisas. As informações são da Agência Estado. 

Mas em meio à polêmica trazida pela tema e também diante das recentes declarações de seu vice, o general Hamilton Mourão (PRTB), Bolsonaro determinou que o vice e o conselheiro na área econômica, Paulo Guedes, reduzam suas atividades eleitorais. A campanha quer estancar o desgaste provocado por declarações polêmicas dos dois aliados. Na manhã desta quarta, o perfil de Bolsonaro no Twitter já havia reiterado o compromisso com a redução da carga tributária após notícia de que Guedes estuda como proposta para um eventual governo a criação de um novo imposto nos moldes da antiga CPMF, pondo em xeque o discurso da campanha.

Ao falar que sua mulher foi mãe solteira, ele tenta também se contrapor às declarações de seu vice Mourão, que chamou de desajustadas as famílias cujos filhos são criados sem pai. Na manhã desta quinta-feira, 20, Bolsonaro voltou a usar a rede social, desta vez para reafirmar pontos que vem defendendo ao longo de sua campanha, como o combate a violência e a redução da maioridade penal. “O brasileiro desta vez tem a opção de escolher alguém que pegue firme contra a violência, a favor do livre mercado, contra o aborto e a doutrinação ideológica na educação, livre de acordões políticos e a favor da redução da maioridade penal. Mudaremos juntos a direção do Brasil!”, escreveu o deputado.