MP arquiva terceiro processo resultante da delação do deputado cassado Diógenes Basegio

Ministério Público não encontrou ato ilícito cometido por Gilberto Capoani

Deputado Gilberto Capoani (MDB). Foto: Divulgação/AL

O Ministério Público arquivou mais um processo oriundo da delação do deputado cassado Diógenes Basegio (ex-PDT), que acusou quatro parlamentares de cometerem crimes no exercício do mandato, na Assembleia Legislativa. A denúncia contra deputado Gilberto Capoani (MDB) foi arquivada pelo procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen. “Por não vislumbrar qualquer ato ilícito cometido pelo parlamentar, este signatário opina pelo arquivamento deste procedimento investigatório criminal”, assinalou.

Dallazen se manifestou ainda no fim de agosto. Procurado, o deputado Capoani adiantou que irá processar Basegio, porém, depois do período eleitoral. O emedebista busca a quarta reeleição seguida no Parlamento. O MP já havia arquivado as denúncias que pesavam contra Juliano Roso (PCdoB) e Enio Bacci (PDT).

Após ter o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar, em 2015, Diógenes Basegio fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público, em janeiro de 2018, para confessar os crimes praticados e permanecer em liberdade. Nas declarações ao MP, Basegio acusou quatro deputados de superfaturamento em viagens com veículos oficiais e contratação de funcionários-fantasmas.

O MP ainda não se manifestou sobre as investigações contra Álvaro Boessio (também do MDB). Todos os acusados eram membros da Comissão de Ética, que cassou o ex-deputado.

Relembre

Homologada pela 10ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, a delação premiada de Basegio teve como objetivo reduzir a eventual pena de reclusão, caso o ex-deputado venha a ser condenado. O processo, onde Basegio é réu por peculato, lavagem de dinheiro e concussão, além de organização criminosa, tramita em segredo de Justiça.

Em novembro de 2015, Baségio renunciou ao cargo durante entrevista à Rádio Guaíba. Contudo, o processo seguiu em frente e, quatro dias depois, o pedetista teve o mandato cassado por unanimidade, o que o impede a concorrer a cargos públicos por mais de dez anos.

Basegio respondeu pela quebra de decoro, na Comissão de Ética, após denúncias do ex-chefe de gabinete. Neuromar Gatto acusou o ex-deputado de cometer extorsão de salário de funcionários e fraudes na utilização de diárias e cota de gasolina.

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