A Justiça determinou o bloqueio de bens e ativos financeiros de três ex-gestores do Badesul por terem cedido, de forma ilegal, créditos de R$ 40 milhões à Iesa Óleo e Gás S/A. A ação civil pública, aceita pela 7ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, partiu da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio. O prejuízo estimado para os cofres públicos é de R$ 85,5 milhões. Os três com bens bloqueados, além de mais quatro gestores, tornaram-se réus na ação.
A ação pede que o grupo devolva os valores do prejuízo milionário. O bloqueio de bens e valores é necessário, na análise do MP, para a garantia da restituição do prejuízo causado ao erário pelos demandados pela ação.
Conforme o MP, relatórios do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul e da Procuradoria-Geral do Estado, motivaram o inquérito civil. Foram investigadas ilegalidades do então diretores do Badesul, em três cédulas de créditos bancários lavradas em 2012.
As investigações, segundo o MP, apontaram que, que o “rating” – espécie de nota final para a liberação do crédito – ficou artificialmente elevado, já que a empresa beneficiada tinha grau elevado de endividamento, graves restrições cadastrais, capacidade limitada de liquidar obrigações de curto e longo prazo e degradação de diversos indicadores.
