Os funcionários demitidos do Hospital Mãe de Deus voltaram a protestar na manhã desta quinta-feira em frente à instituição de saúde, na rua José de Alencar, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre. Em ato organizado pelo Sindisaúde/RS, dezenas de trabalhadores montaram um piquete com faixas onde denunciam as demissões que ocorreram na instituição. Até o momento, de acordo com o Sindicato, 286 pessoas foram dispensadas, mas o número ainda deve aumentar para 356.
Segundo o presidente do Sindisaúde/RS, Arlindo Ritter, as demissões foram realizadas de forma abrupta e todos os funcionários foram considerados como aptos, apesar de, entre eles, haver gestantes, acidentados e pessoas com problemas de saúde.
Na última terça-feira, uma audiência de conciliação entre o Hospital Mãe de Deus e os trabalhadores demitidos terminou sem acordo. Uma nova reunião foi marcada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na próxima segunda-feira (17), às 15h, para discutir as propostas da Justiça. A tendência é que antes da audiência, os advogados das partes tenham um encontro para definir um possível acordo.
O Hospital Mãe de Deus, contudo, por meio de sua assessoria de comunicação, disse que ainda não há informações a respeito de negociações. Em nota, afirmou que os serviços de nutrição e limpeza, desde o dia 5 de setembro, estão sendo gerenciados por empresas parceiras e identificadas com seu propósito. Informou, ainda, que elas foram selecionadas a partir de detalhada análise de performance e melhores práticas adotadas na prestação de serviços em estabelecimentos hospitalares. Segundo o comunicado, a Sodexo e a Manserv, que oferecem nutrição e limpeza, respectivamente, são duas das maiores empresas desses segmentos no Brasil.