A série “Investigação Criminal”, da Medialand, disponível no catálogo da Netflix, com 8 episódios, revive alguns dos crimes que mais chocaram o país. A produção apresenta os casos de Isabella Nardoni, Suzane von Richthofen, Mercia Nakashima, Glauco Villas Boas, Farah Jorge Farah, Crime da Oscar Freire, Ives Ota e Maníaco do Parque.
Como em uma produção documental, o episódio é contado por quem participou das investigações. Delegados, policiais, peritos, médicos legistas e, as vezes, até familiares. Quem gosta de séries policiais certamente vai gostar dessa, ainda mais com o adendo da realidade. Mas, se você tem estômago fraco, não assista.
Para ilustrar os casos, os episódios exibem fotos dos crimes, do aquivo da polícia. Mesmo embaçadas, as imagens podem chocar quem é mais sensível. No episódio de Suzane, as lesões na cabeça dos pais são exibidas. Em Farah Jorge Farah, o corpo esquartejado de Maria do Carmo é posto na tela. No Maníaco do Parque, talvez o pior, vemos os corpos das mulheres, em posições humilhantes, no meio do mato.
A série não é extremamente bem-feita, se nos apegarmos aos detalhes técnicos. Mas, ela chama atenção por recontar os brutais assassinatos que tiveram exaustiva cobertura jornalística e chocaram um país inteiro. Possivelmente o expectador já ouviu falar, ou lembra, de muitos desses crimes. Entretanto, revisitar a história, ouvir os detalhes e narrativa exata do fato ainda pode ser surpreendente.
Destaco quatro, dos oito casos, como mais impactantes ou que me abalaram de alguma forma: Suzane von Richthofen, Farah Jorge Farah, Ives Ota e Maníaco do Parque. Os episódios me provocaram tristeza, nojo, incredulidade e surpresa.
Uma coisa é certa, ao fim de todos os episódios vocês vão ficar revoltados com a Justiça brasileira. Ou a pena parece branda, ou permite que um cruel assassino seja liberado tão cedo. De todo modo, vale a pena conhecer um pouco mais dos crimes que aconteceram no Brasil.
