O Museu Nacional, destruído por um incêndio na noite de domingo, ainda vai demorar para ser reerguido. A estimativa do governo é que leve de oito a 12 meses para as obras começarem. Antes da reconstrução do prédio, vai ser preciso elaborar um projeto, que pode levar até um ano para ser implementado. Cabe a esse estudo definir o valor necessário para execução da reforma.
“A recuperação do museu vai envolver um projeto executivo. E, depois, um projeto definitivo, que vai levar mais um tempo, de quase um ano, para que as obras sejam iniciadas”, disse o presidente Michel Temer. O pronunciamento ocorreu na abertura de uma reunião com empresários, na tarde de hoje.
O encontro também discutiu a criação de um comitê para reconstrução do Museu Nacional do Rio. Esse comitê vai dar suporte financeiro ao fundo patrimonial, ideia anunciada ontem pelo governo. Uma medida provisória vai ser editada para regulamentar a criação desse fundo, de natureza privada.
Participaram do encontro, dentre outros, representantes dos sete maiores bancos em atividade no país, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), e dos ministros da Educação, Rossieli Soares; e da Cultura, Sérgio Sá Leitão.
Lei Rouanet
Apesar de o fundo ser privado, o dinheiro usado por bancos e outras empresas para abastecê-lo vai ter impacto no setor público. O dinheiro repassado ao fundo não é doado, devendo retornar às mesmas empresas por meio de isenções. Isso porque o governo estuda a aplicação da Lei Rouanet para estimular a participação de empresários e até mesmo de pessoas físicas no fundo patrimonial.
