Cacá Diegues é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras

Cineasta venceu outros dez candidatos, entre eles, a escritora Conceição Evaristo e o diplomata Pedro Corrêa do Lago

Foto: Wilson Dias/Arquivo Agência Brasil

O cineasta Carlos José Fontes Diegues, conhecido como Cacá Diegues, vai ocupar a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis, que pertencia ao também cineasta Nelson Pereira dos Santos, morto em abril. A votação ocorreu hoje, com escrutínio secreto.

Diegues venceu outros dez candidatos, entre eles, a escritora Conceição Evaristo e o diplomata Pedro Corrêa do Lago. Dos atuais 39 membros, apenas cinco são mulheres.

Os demais concorrentes eram Raul de Taunay, Remilson Soares Candeia, Francisco Regis Frota Araújo, Placidino Guerrieri Brigagão, Raquel Naveira, José Itamar Abreu Costa, José Carlos Gentili e Evangelina de Oliveira.

A cadeira 7 da ABL era ocupada anteriormente por Valentim Magalhães (fundador), que escolheu o poeta baiano Castro Alves como patrono, seguindo-se Euclides da Cunha, Afrânio Peixoto, Afonso Pena Júnior, Hermes Lima, Pontes de Miranda, Dinah Silveira de Queiroz e Sergio Corrêa da Costa.

Fundador do Cinema Novo
Nascido em 19 de maio de 1940, em Maceió, Cacá Diegues é um dos fundadores do Cinema Novo. A maioria dos 18 filmes que realizou concorreu em grandes festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim, Nova York e Toronto, sendo exibida comercialmente na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, o que o torna um dos realizadores brasileiros mais conhecidos no mundo.

Diegues exilou-se na Itália e depois na França, após a promulgação do AI-5, em 1969, durante o regime militar. Casou-se com a cantora Nara Leão, da qual se separou em 1977, 12 anos antes de ela falecer. Com Nara, teve dois filhos: Isabel e Francisco. Desde 1981, é casado com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães, com quem teve a filha Flora.

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