EUA: McCain vai ser sepultado em academia militar sem a presença de Trump 

Senador republicano morreu aos 81 anos após ter iniciado tratamento em 2017 contra um glioblastoma, um tipo de câncer no cérebro

Senador John McCain

O corpo do senador republicano John McCain vai ser enterrado na Academia Naval de Annapolis, em Maryland, nos Estados Unidos, depois de dois velórios, um em Washington e outro em Phoenix (Arizona). McCain morreu nesse sábado vítima de um câncer no cérebro. De acordo com a rede de TV CBS, os ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama devem discursar durante as homenagens ao ex-senador na Catedral Nacional, na capital norte-americana. O ex-vice presidente Joe Biden vai discursar em um culto em homenagem ao senador no Arizona.

O jornal The Washington Post informou que o atual presidente dos EUA, Donald Trump, não vai ser convidado para a cerimônia. Ele e McCain protagonizaram duros confrontos desde a campanha de 2016. Após a notícia da morte, Trump se manifestou pelo Twitter e ordenou hastear a bandeira americana a meio-mastro na Casa Branca.

Em Washington, além do culto religioso, o senador vai ser homenageado na rotunda do Capitólio, a sede do poder legislativo norte-americano. McCain vai ser o 13º senador velado no local, honra reservada aos “cidadãos mais proeminentes do país” desde que a prática começou em 1852, com as homenagens ao ex-presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Henry Clay.

A cobertura da imprensa norte-americana – em jornais impressos, televisão e nas redes sociais – ficou focada nas homenagens ao senador neste domingo. Segundo a mídia, ele vinha planejando o próprio funeral há um ano.

John McCain é símbolo de união nacional e de patriotismo em um país cada vez mais marcado por divergências partidárias e ideológicas. Os cinco ex-presidentes norte-americanos vivos – Barack Obama, George W. Bush, Bill Clinton, George H. W. Bush e Jimmy Carter – prestaram homenagens à coragem e ao caráter do senador.

McCain morreu aos 81 anos após ter iniciado tratamento em 2017 contra um glioblastoma, um tipo de câncer no cérebro. Ele concorreu à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano em 2008 contra o democrata Barack Obama. Veterano da guerra do Vietnã, ficou cinco anos preso e sofreu tortura. Cumpriu mandato como senador pelo estado do Arizona durante três décadas. Atualmente, era uma das principais vozes contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dentro do próprio partido.

O senador deixa sua esposa, Cindy, sete filhos e cinco netos.