Entidades do agronegócio se movimentam contra proibição de defensivo agrícola

(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Em resposta à possibilidade da proibição do uso do glifosato, defensivo agrícola utilizado principalmente por produtores de soja, entidades do agronegócio se mobilizam para tentar frear a decisão da Justiça Federal. Às vésperas de uma nova safra, a medida pode interferir na qualidade final do produto.O glifosato teve seu uso barrado por decisão judicial que suspende por 30 dias a produção de novos defensivos com o mesmo princípio ativo. No entanto, a suspensão completa só acontecerá se o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicar no Diário Oficial. Enquanto isso, cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reavaliar a utilização dos produtos hoje disponíveis no mercado.

Para tentar evitar a decisão, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, informou que a entidade já tomou as medidas cabíveis.

“Hoje nós entramos com uma ação no Supremo, vamos esperar que a Advocacia Geral da União também entre, porque o que está sendo discutido? O que a população sabe de verdade do glifosato? Então, precisamos esclarecer a população. Se nós tivermos a prova absoluta de que isso faz mal à população, a CNA não irá defender. A CNA quer apresentar com parecer técnico, de cientistas, que esse tipo de defensivo, usado no mundo inteiro, se pode vir afetar a saúde humana. Se não, devemos levar à população os esclarecimentos, a população precisa saber a verdade.”

Se for aprovada a suspensão, caberá ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento definir de qual modo será estabelecida a logística para que esses produtos saiam de circulação.

(Agência do Rádio)