Procurado pela Justiça, Alemão Caio é capturado pela Polícia em motel de Porto Alegre

Com júri popular remarcado pela quinta vez, réu é acusado de matar namorado de ex-esposa em Torres

Caio e Ivanise, em 2011. Foto: Reprodução/Record TV

A Polícia Civil capturou, na tarde de hoje, o empresário Carlos Flores Chaves Barcellos, conhecido como Alemão Caio, em um motel no bairro Azenha, em Porto Alegre. Ele é acusado de assassinar a facadas o surfista José Augusto Bezerra de Medeiros Neto, namorado da ex-esposa, em 2011, em Torres, no litoral Norte. De acordo com a Polícia Civil, ambos foram amigos de infância e pioneiros da modalidade de surfe no Rio Grande do Sul.

Desde 12 de agosto, Alemão Caio passou a ser considerado foragido da Justiça após não ter sido localizado nos três endereços de Porto Alegre informados à Polícia Civil. No início do mês, ele não compareceu a um júri popular, em Torres, alegando problemas de saúde. Com isso, a Justiça decretou a prisão preventiva do empresário, que até então cumpria prisão domiciliar.

Sete anos após o crime, em Torres, essa havia sido a quinta tentativa de levar o caso a julgamento. Barcellos também responde pela tentativa de homicídio de Ivanise Menezes Chaves Barcellos, ex-esposa dele, em frente ao filho do casal. Se condenado, o empresário pode pode receber pena de até 30 anos em regime fechado.

Foragido vinha sendo acobertado

De acordo com o delegado Arthur Raldi, que efetuou a prisão, a abordagem ocorreu quando Caio entrou no motel. Ele não esboçou qualquer tipo de reação, conforme o relato do policial. Desde julho, a Polícia vinha monitorando a situação.

“Ele não estava residindo ali, hoje ocasionalmente ele passou por ali”, ressalta. No período em que esteve foragido, Caio se escondeu em locais variados com a ‘cobertura’ de várias pessoas, segundo Raldi. “Ele chegou inclusive a sair de Porto Alegre. Pelo que apuramos, ele estava com ideia de sair do Estado hoje, mas conseguimos levantar a informação de que ele havia marcado um encontro com uma pessoa”, disse o delegado. Raldi explica que, no momento da prisão, Caio só tinha os documentos e a roupa do corpo.

“Tão logo a Susepe nos diga para onde ele deve ser levado, vai ser encaminhado ao sistema prisional”, confirmou o delegado. Ainda segundo Raldi, novo julgamento está marcado para o dia 13 de setembro.

*Com informações do repórter Felipe Samuel/Correio do Povo