Hospital Restinga deve operar com toda a capacidade em 10 de setembro

Prefeitura de Porto Alegre e Associação Hospitalar Vila Nova assinaram o contrato nesta terça-feira

Foto: Guilherme Almeida/CP

Construído em 2014 para atender a demanda na área da Saúde pública do extremo Sul de Porto Alegre, o Hospital Restinga agora vai, enfim, operar com toda a capacidade instalada. Com a assinatura de um contrato entre a Prefeitura e a Associação Hospitalar Vila Nova, a instituição vai ter, já no início do próximo mês, toda a estrutura disponível, o que não vinha ocorrendo anteriormente. Somente a oferta de leitos vai aumentar 79%. Esse percentual representa um aumento de 62 para 111, todos eles instalados ainda entre 2014 e 2015.

O mesmo ocorria com espaços como blocos cirúrgicos, pronto atendimento traumatológico, ambulatórios e laboratório, que, na administração anterior, não vinham sendo utilizados na capacidade plena. A responsabilidade era da Associação Hospitalar Moinhos de Vento, que afirmou ter cumprido todos os pontos previstos em contrato.

Os recursos para a administração do Hospital Restinga Extremo-Sul eram oriundos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Após uma mudança de política, o governo federa decidiu aplicar a verba de forma regionalizada, e não em um só município. Com isso, a destinação de verba deixou de ser do Proadi e o vínculo com o Moinhos se encerrou em junho.

A Associação Vila Nova ganhou 90 dias para assumir a responsabilidade, o que deve ocorrer a partir de 10 de setembro. Com a saída do Proadi-SUS, o município passa a ter uma participação na aplicação de verba. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Erno Harzheim, mensalmente serão repassados R$ 300 mil pela Prefeitura, que se somarão a R$ 1,1 milhão do Estado e R$ 2,3 milhões do governo federal.

Ainda segundo o secretário, o Executivo municipal não vai ter problemas em garantir os repasses, já que mantém a Saúde entre as prioridades. O diretor-presidente da Associação Hospitalar Vila Nova, Dirceu Dal Molin, disse que parte dos antigos funcionários que eram ligados ao Moinhos de Vento foram contratados pela nova administração, que também garantiu 358 novos trabalhadores para o hospital.

De acordo com ele, a licitação prevê o cumprimento de metas, como ampliação de leitos e de horários para exames, e abertura do serviço de cirurgia geral, bloco cirúrgico, do serviço de urologia e do laboratório de análises clínicas – até então, apesar da estrutura existente, todos os exames feitos no hospital eram levados para fora.

O que muda

Atualmente, dos 62 leitos do Hospital Restinga Extremo-Sul, 52 são para adultos e 10 para a ala pediátrica. Com a ampliação, os adultos passarão para 91. Os pediátricos permanecerão com o mesmo número, e serão instalados mais 10 leitos de UTI.

Também vão funcionar quatro blocos cirúrgicos e um pronto atendimento de traumatologia, com atendimento de 12 horas por dia, seis dias por semana. Outras novidades incluem a área ambulatorial. Além dos atuais ambulatórios de medicina interna e de infectologia, a instituição vai contar com locais de traumatologia, cirurgia geral e urologia. A estimativa da SMS é que a oferta mensal chegue a 147%.

As análises clínicas, atualmente em 15 mil, devem passar para 40 mil. Também vão aumentar os exames de ecografia, raio X, eletrocardiogramas e tomografias, e um novo serviço, de endoscopia, passa a ser oferecido.